Antes de termos uma ideia, precisamos abandonar diversas outras. Assim como, antes de tomarmos uma decisão, precisamos saber que abdicaremos infinitas outras possibilidades. Mas como sabemos se a decisão ou a ideia tomada foi a certa?
Não sabemos. Simples assim.
Podemos saber por que as outras eram impróprias, mas nunca, saberemos convictamente o porquê de a optada ser indiscutivelmente, impreterivelmente a certa, porque de fato não é.
Não é, porque se outra fosse escolhida, poderia ser parcialmente correta ou até mais correta. Mas, se não fosse, poderia ser abandonada e outra iria ser acatada e tomaria o lugar daquela.
Privações sempre existem, carências sempre nos incomodarão. Assim como os excessos. Nos resta saber se conseguiremos, ou não, viver com tais necessidades. Ou com tais demasias.
Me pergunto se sou uma farsa.
(bi)polar bear (?)