I am the walrus


Black dress, with the tights underneath

'Cogito, ergo sum' ou 'Penso, logo existo'


Pois é, começo com uma musiquinha pop viciante do século XXI e em seguida exponho uma afirmação de René Descartes, pai da chamada filosofia moderna. Eu penso; existo. Suponho que exista o que penso ser. Mas, e se o que sou agora, não é o que eu era antanho? Pode a minha existência ter mudado? Ou foram só meus pensamentos?

Ter novas ideias, novos conceitos, novas prioridades e verdades, ora irrefutáveis, ora contestadas arduamente. Podem os gostos terem mudado? Ou só voltaram a ser os de alguns anos atrás? Pode o comportamento variar incessantemente? Porque o que não se enquadra em mim é ser constante. A não ser ser constantemente inconstante.

I am he
As you are he
As you are me
And we are all together

Uma vela, depois de convertida em parafina, continua sendo a mesma?

Ou Heráclito ou Parmênides me entenderia.

O primeiro acreditava que as constantes transformações, as mudanças, eram fundamentais. Para ele, o mundo era a mudança permanente de todas as coisas. 'Tudo flui'.
Dizia que era impossível 'entrar duas vezes no mesmo rio' porque tanto as águas, quanto a pessoa estarão mudadas numa segunda vez.

Parmênides, entretanto, acreditava ser impossível qualquer transformação real das coisas. Nada poderia transformar-se em algo diferente do que já é, pois se algo existe ele é aquilo e não pode ser outro diferente. Pensava que toda mudança era uma visão enganosa fornecida pelos nossos sentidos. Acreditava na essência das coisas, e a essência não pode ser mudada. Para ele, era impossível o ser passar a não ser, pois 'o ser é e o não ser não é'.

Acho que só Blair Waldorf me entenderia. Quiçá nem ela.

Without the sour, the sweet just ain't as

pony furta cor