'Às vezes os planos que traçamos não são os mesmos que Deus traça para nós'
'Agora você vai poder tirar sua carta, aprender a dirigir, se aprofundar realmente nos estudos'
'Confessa, se você passasse você ia se achar, não ia? Passar numa Estadual sem nem ter estudado!?'
'Você ia mesmo abandonar a gente, o seu namorado, ir morar longe assim?'
IA! Ia. Simples assim. E, convenhamos, que abandonar o quê, voltaria todo final de semana. Moraria sozinha. Em uma cidade universitária.
'Se eu fosse seu namorado estaria num alívio só por você não ter passado'
Como se a confiança e o respeito não fossem o mesmo, mesmo a quatro horas de distância.
O que mais revolta era que toda a angústia, todos os planos, toda a expectativa para o ano que chegava dependia deste resultado. Resultado que chegara perto, tão perto, que a certeza já tomava conta de seu ser.
Talvez este tenha sido o erro. Afinal, não se pode contar com o ovo no fiofózinho da galinha.
E convenhamos, você nem havia estudado o tanto que deveria. Física, química e geometria eram pior que entender húngaro. Só em humanas que conseguia ser quatro vezes melhor, estimativa comprovada por resultados de vestibulares, meus caros.
Mas como uma pequena amiga minha diria, nós queremos coisas de gente grande, não qualquer cursinho à toa.
E é isso que teremos.
Não importa que eu tenha que passar mais um ano de minha vida vendo fórmulas e estudando exatas. Enfiada nos livros. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?
Por que, ó, por que, tinhas que passar em Santana do Livramento, divisa com o Uruguai, e não passastes em Marília, tão pertinho, mesmo a 400km de distância.
Ok, alô cursinho, alô, alô.
Não ligo de adiar um sonho.
Tá, eu ligo sim.
Wait
- segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
pony cor-de-rosa, ainda frustrada