her majesty

a Princess was born. She had blond hair, blue eyes, cheeks as red as an apple and a porcelane skin.
Her parents called her little princess, her grand father, doll, and some distant uncle called her Anastasia.

She always wakes up smilling, but she cried very easily too.
She was sweet like marshmallow pie and every night she would make a wish to a star.

"No matter how your heart is grieving, if you keep on believing, the dreams that you wish will c
ome true ..."

And she knew, like Cinderella, that
"A Dream Is a Wish Your Heart Makes".

But at some point of her life, she started to have doubts. She didn't
know if those dreams and wishes would come true and she didn't know how to fulfill them.
She even tried Alice's thoghts, because she was either tired of logic and lessons and the ordinary world. She wants a world of her very own: a world of nonsense. But them, she realized that she was not Alice, despite living in her Wonderland too.
She thought she was like Ariel too, because
she was a girl in the process of becoming an attractive woman and one of her attractive qualities was that she was very definite about what she was doing and very confident about her own ability to succeed.
Like Mulan, she
doesn't seem to fit in in her world. Both were braver, more independent, and less focused on winning a husband than earlier princesses maidens were.
Like Snow White she was blessed with an innocent's indomitable spirit.
She was very like Anastasia, both with russian ancestry, both born in December, and both with similar family name.But one day, she realized that even having these similiar qualities with other princesses, she was unique. And only she had the power to make her own fairy tale, and fulfill her own dreams.


pony cor-de-rosa

P.S. I love you


Creio que não consigo, não melhor que eles, descrever o que é o amor. Descrever como é a sensação de ter alguém em quem pensar, de ter alguém que cuida e preza por ti. De sentir aquele friozinho na barriga e como é olhar para a pessoa amada como se fosse sempre pela primeira vez. Da segurança que um abraço apertado pode transmitir, de como é sentir-se no paraíso ao ver um sorriso.
É impossível transmitir com palavras a assustadora e inebriante sensação que é duas vidas sendo
vividas sincronizadamente; de como passamos a nos comunicar sem a necessidade do uso da fala, simplesmente com um olhar; e de como uma briga e algumas lágrimas podem se tornar um aperto tão dolorido no coração e um nó tão grande na garganta.
De como sua felicidade passa a depender da felicidade do outro, assim como as desilusões. De modificar seus hábitos, costumes, valores e ideais.

E tudo isso por livre e espontânea escolha própria.

Escolha que, aliás, achara que jamais tomaria, por se julgar sempre o mamífero mais independente que já habitou este lugar. A alma mais sonhadora e indomável com que já tivera contado. Por se julgar sempre o lobo solitário que poderia viver fabulosamente bem sem a companhia de um semelhante do sexo oposto. Talvez porque nunca tivera amado de verdade. Muito menos sido amada.

'Que ambos tenham vida própria, porque esse negócio de casaizinhos melosos que não sabem viver separados é tããão last week.
' já não se encaixa mais no meu contexto, portanto corrijo.
Que ambos tenham, realmente, vida própria, mas que para isso não precisem viver separados.

Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;

é
nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É
querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor nos
corações humanos amizade,
se tão contrário
a si é o mesmo Amor?


Camões



Fácil é demonstrar raiva e
impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece,
te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.


Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.


Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é
e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade,
que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

De
almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,

Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;

É astro que norteia a vela errante,

Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora

Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou

William Shakespeare

pony cor-de-rosa

there's a place

Andar pela cidade em uma simples quarta-feira. Se debruçar na janela encardida do ônibus e ver, atravessando a rua, uns cinco ou seis adolescentes, com suas mochilas carregadas de cadernos nas costas, o uniforme da escola e mais uns cadernos nas mãos. Alguns mostravam uma expressão de cansaço, de desespero ou de questionamento quanto ao fato de ter que frequentar, religiosamente, a escola. E você pensava, puxa, se eu pudesse mostrar pra eles o quanto sentirão falta dessa época... Outros mostravam uma alegria, que mesmo num meio sorriso, podia ser identificada de longe. E isso a deixava com uma sensação de melancolia.
Ao descer do ônibus, cada vez mais adolescentes uniformizados. Tentava desviar o olhar, a fim de que as lágrimas não invadissem seus olhos e que aquele nó na garganta já tão conhecido não fosse dado. Foi até a banquinha de jornal na esquina. Olhou rapidamente as capas das revistas, mas seus olhos fixaram-se, contra sua vontade, na capa de uma revista adolescente. 'Volta às aulas - roupas, materiais e dicas para ir para o colégio'.

Colégio.

Não fazia mais parte dessa realidade. Não fazia mais parte daquele grupo que frequentava a escola. Que passara de iniciante a veterano. Que vivia mais no colégio que na própria casa e desenvolvera uma afinidade e intimidade muito maiores com amigos que com familiares. Que tinha aula de educação física, ou que fazia das aulas de matemática uma sessão de músicas novas e conversas infindáveis. Que tinha os melhores amigos, os amigos, os colegas, e aqueles que não queria nem ver as fuças. Não viveria mais, de segunda a sexta numa sala separada em nerds, bagunceiros e falantes. Não teria mais que entrar na sala obrigada, porque a inspetora ameaçara a te mandar para a coordenação.

Não.
Essa vida já não era mais a sua. Essa realidade não condizia mais com a sua respectiva. Não.
Somente as memórias. Memórias que a deixavam nostálgica, com um gosto adocicado na boca, mas que no finzinho transformava-se em um amargor, um aperto na garganta e no coração. Uma abstinência. Abstinência de poder ver, diariamente, todos os rostos tão conhecidos e amados que, há menos de um bimestre, era o habitual. Abstinência de quase ver o sol nascer, sentada no banco gélido, de braços dados com quem quer que estivesse a seu lado. Abstinência de recostar-se, quando o sono batia, em algum de seus amigos, de ver cada alma, cada carro ou pirua que chegasse a escola. De acenar um 'oi' ou dar um abraço mais do que apertado.

E, principalmente, sentiria falta de sorrir. Sorrir como nunca sorria em nenhum lugar, com ninguém mais, como fazia naquela época.


pony cor de rosa

Wait


'Às vezes os planos que traçamos não são os mesmos que Deus traça para nós'
'Agora você vai poder tirar sua carta, aprender a dirigir, se aprofundar realmente nos estudos'
'Confessa, se você passasse você ia se achar, não ia? Passar numa Estadual sem nem ter estudado!?'
'Você ia mesmo abandonar a gente, o seu namorado, ir morar longe assim?'

IA! Ia. Simples assim. E, convenhamos, que abandonar o quê, voltaria todo final de semana. Moraria sozinha. Em uma cidade universitária.

'Se eu fosse seu namorado estaria num alívio só por você não ter passado'

Como se a confiança e o respeito não fossem o mesmo, mesmo a quatro horas de distância.

O que mais revolta era que toda a angústia, todos os planos, toda a expectativa para o ano que chegava dependia deste resultado. Resultado que chegara perto, tão perto, que a certeza já tomava conta de seu ser.

Talvez este tenha sido o erro. Afinal, não se pode contar com o ovo no fiofózinho da galinha.

E convenhamos, você nem havia estudado o tanto que deveria. Física, química e geometria eram pior que entender húngaro. Só em humanas que conseguia ser quatro vezes melhor, estimativa comprovada por resultados de vestibulares, meus caros.

Mas como uma pequena amiga minha diria, nós queremos coisas de gente grande, não qualquer cursinho à toa.

E é isso que teremos.

Não importa que eu tenha que passar mais um ano de minha vida vendo fórmulas e estudando exatas. Enfiada nos livros. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

Por que, ó, por que, tinhas que passar em Santana do Livramento, divisa com o Uruguai, e não passastes em Marília, tão pertinho, mesmo a 400km de distância.

Ok, alô cursinho, alô, alô.

Não ligo de adiar um sonho.
Tá, eu ligo sim.

pony cor-de-rosa, ainda frustrada