Uma comemoração nem tão esperada da parte dela até então, mas com certeza o dia mais importante da vida de duas personagens. Comprar o vestido no dia anterior, ir ao cabelereiro, se empetecar. Ah, é festa, né!?
Descer do carro, subir as escadas, fazer a sagrada reverência. Procurar faces conhecidas e sentar-se. Perto do corredor, que é para ver a personagem mais querida da noite adentrar o recinto.
Rufam-se os tambores. Tá, os tambores não, mas sim os violinistas. Começa a música. Não mais a marcha nupcial, isso é 'soo last week', escolhe-se uma outra canção. Uma da Disney, talvez.
O pai e a moça. A moça e o futuro esposo. Um beijo carinhoso na testa e vão ao altar. Uma cerimônia de deixar até os olhos desta vã narradora marejados. Também, pudera, os de todos os espectadores ficaram.
Mais uma canção, agora cantante, enquanto padrinhos e noivos descem do altar rumo à festa.
Flashes e sorrisos, ainda com os olhos lacrimejados e brilhantes.
Entram nos carros. 'Qual o nome?' 'Ok, obrigada, pode entrar'. Bebidas, comida, sorrisos. Familiares. E ao fundo, mas excepcionalmente não menos importante, uma certa bancada, com certas frutas coloridas, adereços e substâncias engarrafadas. Que não passavam despercebidas por ninguém.
De tão emocionada que ela ficou, de tão tocada e, pela primeira vez em tantas outras cerimônias, encantada, a ideia de casamento não a pareceu mais tão assustadora. Talvez até atraente. Um enlace entre amantes, até que a morte os separe, ou nem isso. Uma prova de amor puro ingênuo e sagrado. Sem deixar a chama da paixão e loucura se apagar, mas agora uma loucura a dois e nada mais. Mas isso só daqui a muitos anos. Nesse meio tempo há muito a se fazer.
pony cor-de-rosa. ao som de 'a bela e a fera'