Se você está gastando seu precioso tempo num blog, cujo nome é enjoado, o design ultrapassado e a dona insuportável, acho que você deveria continuar lendo. Pelo menos desta vez.
Algumas coisas que você deveria -ou não- saber sobre esta vã pseudo-escritora, se quiser conhecê-la de verdade.
1- Se seus pais são pessoas normais, assim como os meus, sempre te disseram para não conversar com estranhos.
Eu nunca segui esta ordem.
Eu sorrio para quem quer que esteja na minha frente. Sabe aquela história do 'intimidade com desconhecidos'? Me retrata bem. Posso passar horas conversando com alguém que nunca vi na vida, e depois ainda pegar um táxi junto com esta pessoa. Sem exageros.
Não sei se isso seria simpatia ou necessidade, por minha parte, de me comunicar. Até porque é aquela coisa de 'eu te vi hoje, não vou vê-lo nunca mais'. Isso é que é o mais empolgante.
2- Eu não sei assobiar nem andar de bicicleta e não tenho aquele ossinho do dedão da mão.
3- Meu primeiro beijo foi com quinze anos
4- Sou insuportavelmente chorona e dramática.
5- O 'Cinderella' veio porque meus pais, desde criança, quando iam me colocar para dormir, falavam: 'Boa noite, Cinderela'.
Não, na época esta droga não existia.
Mas, na realidade, sempre me indentifiquei e pensei na possibilidade de ter sido a Anastácia (Romanoff) há alguns séculos atrás, pela semelhança 'nome sobrenome', pela ancestralidade russa e pelo nascimento, de ambas, em dezembro.
E também porque, convenhamos, eu não consigo nem segurar uma vassoura direito, ser uma Gata Borralheira seria algo humanamente impossível.
6- Sou absurdamente apaixonada por sorvetes.
7- Tenho dezoito anos, uma carteira de motorista, um título de eleitor, prestes a entrar na Universidade e gosto de poneys, ursinhos carinhosos e marshmallows
8- Tenho pavor de sangue.
9- Todas as minhas cicatrizes das mãos foram feitas na cozinha.
10- No período de um ano, com certeza pelo menos quatro meses eu passo gripada.
11- Ouço The Beatles desde que nasci.
12- Tenho as bochechas rosas. De verdade.
13- Vou gastar tudo com viagens.
a taste of honey
all i've got to do
Vou me embora pra Pasárgada.
Lá a diplomacia e o Itamaraty já estarão no papo, sem eu ter de engolir tantos senos, trapézios e inequações.
Lá, a vida seria um mar de rosas, um doce sem fim, cheio de recheio, marshmallow e cobertura de chocolate. Mas que não enjoaria nunca!
As coisas seriam simples como fazer pipoca e gostosas como sorrir.
As nuvens teriam formatos de ursinhos carinhosos e a grama seria verde como absinto.
Mas enquanto estou neste ônibus chacoalhante, à caminho, precisarei me ater às exatas, para poder, ao chegar, enfim, ser humana.
Vou me embora pra Pasárgada, lá sou amigo do Rei.
Lucy in the sky with diamonds
Desde pequena era assim, por mais ansiosa e sonhadora que fosse, nunca fazia nada que não na data certa.
Se era o Natal chegando, contava em seu calendário de chocolate quantos dias ainda faltavam. Cada dia passado era um chocolate, e nunca, nem na mais remota hipótese, comeria um bombom que não correspondesse à data exata.
Esperava, afoitamente, o dia 25 de dezembro. Não abriria o presente antes, mesmo que ela própria tivesse ido escolher com a mãe e já soubesse o que a aguardava dentro daquele pacote de celofane e papel de seda, amarrado com um laço feito com tanto esmero. Abrir antes faria com que toda a essência, toda a magia se perdesse. Não seria mais Natal.
Era assim com todas as datas comemorativas que remetessem a presentes ou lembranças.
Como a Páscoa.
Toda manhã de Páscoa era o domingo mais esperado do ano. Era sempre aquele ritual nostálgico que ainda faz com que se esboce um sorriso em seu rosto, apenas com as lembranças. Mamãe e papai acordariam ela e a irmã com um beijo e um 'bom dia'. Elas abririam um sorrisinho sonolento e, vagarosamente, levantariam, a procura das patinhas de coelho e das pistas, que as levariam a todos os ovos de Páscoa. Avistar as primeiras patinhas brancas no chão era, na certa, sorrisos e olhos brilhando. Mas o final da brincadeira, a última pista e, com ela, a descoberta do local dos ovos, era o que a deixava mais estupefata. O café da manhã que acompanhava também era de se encher os olhos, sempre com as comidinhas mais gostosas, sempre cheio de coelhinhos na mesa. Aliás, por toda a parte!
Herdara de mamãe a ternura para com as datas festivas. O primor com que arrumava a casa, ora com coelhos, ora com papais-noéis, renas e bonequinhos de pão de ló. Era isso que a enlevava, era isso que não deixava, nem deixaria, nunca, que o encanto nas coisas simples, e infantis até, segundo alguns, morresse. Era isso que fez com que se tornasse quem é hoje. E quem continuará sendo. Para sempre.
magical mistery tour
Eu não gosto de ser pessoal; explícita. Prefiro tomar uma personagem, criar uma situação e discursos imaginários, todavia verossímeis, que se aproxime ao máximo da realidade, porém de um ponto de vista desconhecido publicamente.
Eu gosto do mistério, do confuso, do implícito. Eu gosto das entrelinhas, do intuitivo, do susceptível.
Prefiro a bruma quando se diz respeito a sentimentos.
Mas, não posso me manter distante, menos ainda imparcial, quando me diz respeito aos últimos três anos de minha vida. Quando se diz respeito ao colégio.
Como, eu repito, como, se manter aquém a melhor parte de sua vida?
Como deixar-se imparcial mediante às centenas de rostos sonolentos, cabelos desgrenhados e sorrisos preguiçosos vistos durante manhãs e tardes a fio, durante anos?
Como não se envolver com pessoas com quem passava mais tempo junto que com seus próprios pais? Com quem dividia merendas, almoços, fofocas, bilhetes, emoções, amores, rivalidades... Com quem chorava, consolava, elogiava, advertia.
Como não se encantar com o lugar que a proporcionara os mais diversos tipos de amor, as mais diferentes formas de convívio e a pureza e o real significado da palavra ‘amigo’.
Como se esquecer dos corredores, cantos e encantos daquele lugar? Como deixar para trás momentos e lembranças tão vívidas na memória?
Como não ter um aperto no coração e um nó na garganta ao se lembrar do lugar onde fora mais paparicada e querida?
Foram três anos; três gerações; dezenas de amizades; centenas de emoções. Coisas que jamais teriam acontecido, não fora naquele lugar.
Naquela dimensão paralela, onde nada era o que parecia, tampouco o que deveria, porém, era sempre mais do que o esperado.
E esses três anos foram, sim, muito mais do que eu pensava, muito mais do que eu um dia pedira. Foram as melhores lembranças da minha adolescência. Foram TODAS as lembranças da minha adolescência.
E eu nunca conseguirei expressar com palavras tudo o que sinto quando a sigla ‘etevav’ me vem à mente.
pony cor-de-rosa
her majesty
a Princess was born. She had blond hair, blue eyes, cheeks as red as an apple and a porcelane skin.
Her parents called her little princess, her grand father, doll, and some distant uncle called her Anastasia.
She always wakes up smilling, but she cried very easily too.
She was sweet like marshmallow pie and every night she would make a wish to a star.
"No matter how your heart is grieving, if you keep on believing, the dreams that you wish will come true ..."
And she knew, like Cinderella, that "A Dream Is a Wish Your Heart Makes".
But at some point of her life, she started to have doubts. She didn't know if those dreams and wishes would come true and she didn't know how to fulfill them.
She even tried Alice's thoghts, because she was either tired of logic and lessons and the ordinary world. She wants a world of her very own: a world of nonsense. But them, she realized that she was not Alice, despite living in her Wonderland too.
She thought she was like Ariel too, because she was a girl in the process of becoming an attractive woman and one of her attractive qualities was that she was very definite about what she was doing and very confident about her own ability to succeed.
Like Mulan, she doesn't seem to fit in in her world. Both were braver, more independent, and less focused on winning a husband than earlier princesses maidens were.
Like Snow White she was blessed with an innocent's indomitable spirit.
She was very like Anastasia, both with russian ancestry, both born in December, and both with similar family name.But one day, she realized that even having these similiar qualities with other princesses, she was unique. And only she had the power to make her own fairy tale, and fulfill her own dreams.