Paperback writer


'Considere um elefante de massa desprezível, chocando-se com uma força F com um trem, também de massa desprezível, em movimento retilínio uniforme...'


Deus! Como, eu repito, como um elefante pode ter massa desprezível? Até eu, que vivo num mundo mais imaginário do que a Alice no País das Maravilhas, mais colorido do que o arco-íris dos Ursinhos Carinhosos, não consigo dar créditos a questões como essa.
Aliás, por que eu preciso saber Física se o que me interessa é Geografia? História? Português? Inglês? Matérias que me são tangentes. Não cossenos e ângulos obtusos.
Por isso que a universidade me atrái tanto. Um meio de você aprender só aquilo que realmente te interessa. Com salvas exceções, mas enfim.
Mê dê cinquenta livros para eu ler em um prazo de duas semanas que eu consigo. Agora, não me venha com uma equação de segundo grau que eu já começo a suar frio.

Ensino médio já não me satisfaz. Eu quero o mundo. Ponto.

pony cor-de-rosa

Dig a pony


Cat-Dog. Quem é que não se lembra daquele desenho um tanto quanto inusitado, em que um cão e um gato eram uma só coisa? Que moravam numa casa metade em formato de peixe, metade de osso e brigavam, como popularmente se diz, como cão e gato. Parece utopia, mas não seria interessante se houvesse um mix dessas duas criaturas?


Gatos. Tão independentes, desconcertantes, indomáveis, livres por natureza, não aceitando ordens, aprisionamento. Sempre de nariz empinado. Confiantes. Elegantes. Frios. Insensíveis. Inteligentes, habilidosos, dissimulados. Enfeitiçam com o olhar e, a partir de então, conseguem o que quiserem.

Cães. Alegres, divertidos, espalhafatosos, agitados, inquietos, brincalhões. Eternas crianças sapecas e arteiras. Não julgam, não manipulam, não cobiçam, não guardam rancor e estão sempre esperando seu dono com o rabo abanicando-se. Dóceis e amáveis.

Os cães são conhecidos como o melhor amigo do homem. Gatos, como traiçoeiros. Gatos eram idolatrados na antiguidade Persa. Cães serviam para caçar.

Gatos condizem mais com a minha personalidade. Mas eu sempre gostei mais de cães.

pony cor-de-rosa

All my loving

Amores.


“O primeiro é o pior. Quando se diz respeito a um coração partido. O primeiro amor.”


Pode ser feita uma analogia quando se diz respeito ao início de uma vida amorosa e o prosseguimento desta. O seu primeiro amor define como serão os próximos. Define. E o jeito como você vivenciou tudo isso influenciará no modo como você sentirá e agirá com seus próximos amores. É como uma cadeia, os elos antigos serão quem definirão os lugares dos próximos, criando assim uma continuidade dificílima de sofrer quaisquer mudanças. A não ser que um remate seja dado. Que tudo finde, a fim de ter um novo começo.


"Mas as coisas findas, muito mais do que lindas, essas, ficarão."


Deter em ti o teu primeiro amor. Lembrar-se do começo até o fim, de tudo. Lembrar dos erros, acertos. Das palavras ditas e das que, por receio, não foram pronunciadas, afinal, no jogo do amor, era só uma iniciante. Nem baralhar as cartas não sabia.

Era como uma antagonista ou espectadora. Não agia, a não ser que seu ator principal actuasse antes. Ou que a vilã da história marcasse presença e fosse necessária a intervenção de seu herói. O medo de perder fez com que perdesse. A prudência em não arriscar fez com que perdesse. O seu.

No desenrolar do enredo, tudo foi feito por conseguinte da frustração do primeiro acto. Os erros cometidos foram então consertados no que se sucedeu. Não obstante, o resultado não foi o esperado, já que a personagem foi escolhida apenas para incitar o seu protagonista, que ainda a enlevava. E a enlevaria para sempre.

O terceiro acto só decorreu devido a ignorância de seu primeiro amor. Terceiro acto este, que daria resultado. Um resultado baldado. A um prazo de alguns meses. Meses frustrantes, em que todos os desacertos cometidos anteriormente seriam remediados, mas não valorizados, já que a nova personagem não tinha a capacidade de entrever. Meses em que a luta pelo novo amado não cessaria. Não cessaria até que ela entendesse que este definitivamente não era o seu amor.

A desilusão a fez prosseguir com os quarto e quinto actos. Quando nada mais importava. Quando havia decidido apenas brincar com os outros, como tinham feito com ela, eis que surge o sexto.

O sexto. Aquele que, por ter surgido, incitou questionamento de seu primeiro amor no que dizia respeito à sanidade daquela decisão. No que, atrevo-me a dizer, suscitou ciúme do seu primeiro amor. Mas o sexto, ah, o sexto. Foi aquele que teve a coragem de cometer todos os erros e acertos que haviam sido cometidos por ela com os outros. Foi aquele que mergulhou de cabeça naquele acto, querendo que uma nova peça fosse criada, na qual ele fosse o novo protagonista.

Duas peças, então, eram encenadas concomitantemente. A primeira, peça que sempre a provocaria suspiros. E a segunda, aquela que parecia boa demais para estar retratando a realidade. Aquela em que o outro protagonista estava tão a beira da perfeição, que a provocava medo de pôr tudo a perder. De ser ela a vilã da história, desta vez. E, em vários actos, foi o que aconteceu. Mas o amor dele era maior do que os infortúnios causados pela mente dela ou pelos antagonistas.

Mas as duas peças continuam interligadas. Também, pudera, sendo ela a personagem principal dos dois enredos, era de se surpreender se tivesse a proeza de interpretar cada história de uma vez, sem que linhas fossem cruzadas e destinos questionados.

pony cor-de-rosa.




I'll keep you satisfied


"Somebody call 911..."


Dissimulada. Ou apenas difícil? Indiferença. Tibieza. Negligência.
Embeber sentimentos. Alheios ou não.
Arremedar.

Uma frieza fingida.
Como lasanha congelada. Tirada de imediato do congelador, aparenta ser intragável, incapaz de poder sofrer toda e qualquer alteração. Porém, com um certo esmero e um pouco de fogo, de súbito, é possível que, se não vigiada, seja total e completamente derretida.

Como dizia minha avó, 'mãos geladas, coração fervendo'. Se for assim, já estou prestes a entrar em estado de fusão.

She is fire burning.

pony cor-de-rosa.