São quase duas horas da manhã. Está frio, mas não tão frio a ponto de me incomodar. Tenho cinco cobertores sobre mim. Meu celular no criado-mudo. Criado-mudo que poderia me contar uma história de ninar neste momento. Ouço o que não se pode ser ouvido. O silêncio. Corujas, vez ou outra. E meus pensamentos. Pensamentos estes que nunca me deixam, nem por um instante sequer. Não sei se quero dormir. Quero o amanhã. Logo. Mas não quero sonhar. Meus sonhos sempre põe em cheque o que sinto ao estar acordada. Sempre trazem a tona personagens que eu já tirei do elenco, com roteiros que eu não escrevi. Será que um doce vai me ajudar a dormir sem sonhar? Ou devo contar carneirinhos?
Bem, não custa tentar.
pony cor-de-rosa.