All things must pass


Inconstante. Insurgente. Instável. Imprevisível. Imprudente. Impulsiva. Insensata. Inconstante.

Meu cérebro, se é que ele é mesmo um cérebro e não um amontoado de confusões e perguntas que, quando descubro as respostas, são mudadas automaticamente e de forma drástica, não me deixa em paz.

Não para de pensar, nem um segundo sequer. Não para de me atormentar, de me indagar. Surge sempre uma vozinha irritante, que entra nos meus neurônios até que ocorra uma sinapse e tudo aqui dentro entre em pane.

Não me deixa respirar. Me importuna como nada nem ninguém.

Me faz cair dum penhasco, no abismo das dúvidas. Das incertezas. Das equações em que já sei o valor das incógnitas x e y, já sei o passo a passo para chegar ao resultado, só não sei se uso Bhaskara, que é a forma mais rápida de se chegar ao final, ou se continuo queimando meus neurônios a fim de uma resolução mais complexa e demorada. Mas o que estou falando?

Eu não quero mais essas incertezas. Essa inconstância. Mas sem elas, eu não existo.

All things must pass away.

pony cor-de-rosa.

Well, I bet you I'm gonna be a big star.


Se ponys tivessem um nome do meio, o meu seria 'indecisão'.


Desde que nasci, nunca conheci pessoa mais indecisa.

- Quer a boneca com a roupa rosa de bolinhas ou corações? Sorvete de creme ou pistache? Burguer King ou Subway?

Ser ou não ser? Eis a questão. Porque o ser, é, e o não ser, não é. Ta, eu sou confusa.
O ponto é, se eu não sei nem se peço um milk shake de ovomaltine ou de chocolate, como posso escolher o que quero fazer para o resto da minha vida?
Ta certo que, mesmo se eu soubesse, eu não o faria para o resto minha vida, odeio rotina, odeio monotonia, odeio repetição.

Bem, talvez se eu tivesse uma Delicatessen em algum bairro burguês da Europa, fosse guia turística da Disney (ou interpretasse a Cinderella no Disney's Parade), dançasse num musical da Broadway ou fosse a atriz principal de uma emissora de TV norte-americana, minha vida não cairia na mesmice.
Mas acho que me contento em ser comissária de bordo, jornalista e colunista de alguma revista, diplomata ou a 'mulher do tempo' no Jornal Nacional.
Alguém aí tem o telefone do William Bonner?

xoxo,
pony cor-de-rosa.




come together, right now, over me


E perde a linha e a compostura só falta o juízo, me usa e abusa. Se tua respiração te acusa

Será possível viver a vida sem interesses intrínsecos? Viver sem intenções além, sem malícia, sem querer tirar proveito das coisas?

Haverá simpatia sem segundas intenções? Aproximação sem interesse? Amizade sem querer 'algo a mais'?

É sempre mais instigante tentar descobrir se há ou não malícia escondida nos atos alheios. Se há segundas, terceiras, ou, como já disseram a meu respeito, nonas intenções. É mais... intenso. Selvagem. Apimentado. Como chilli.

Já que me provocou agora aguenta até o fim. Só pra me descontrolar. Ela me enfeitiçou e eu posso te roubar pra mim



um olhar 43,

pony cor-de-rosa.

an England call


O que quer que tenha acontecido
Com a vida que um dia nós tivemos
E nós realmente vivemos um sem o outro
Onde perdemos o contato
Parece significar tanto
Sempre me faz sentir tão...
Livre como um pássaro
É a próxima melhor coisa a ser
Livre como um pássaro
Em casa, em casa e salvo
Como um beija-flor eu voarei
Como um pássaro sob as asas



porque os meses passam e os sentimentos se transformam

um beijo aliviado,

pony cor-de-rosa.

From a window

E se eu fosse uma personagem da tv? Quem eu seria?

Poderia ser Seth Cohen, por estar sempre fazendo piadinhas. Ou Summer, por ser louca, filhinha querida do papai, amiga e namorar alguém que aparentemente não tem nada a ver com ela. Marissa por ser aquela que costumava viver no seu mundo cor-de-rosa e ser um exemplo na escola, mas, num piscar de olhos começou a dar problemas. Serena Van der Woodsen, por ser a loira metade invejada e imitada, metade amada, que é sempre foco de fofoca, tem sempre 'opções' a seu dispor e um lado 'selvagem' à flor da pele. Blair Waldorf pelas pérolas, breakfast at tiffany's e mimimi ao extremo. Ou seria Phoebe, por ser loira, atrapalhada, excêntrica, lerda e provocar risadas sem nem ao menos ter este intuito?

Acho que ser Natasha já completa o meu show.

xoxo,

pony cor-de-rosa.

A hard day's night


São quase duas horas da manhã. Está frio, mas não tão frio a ponto de me incomodar. Tenho cinco cobertores sobre mim. Meu celular no criado-mudo. Criado-mudo que poderia me contar uma história de ninar neste momento. Ouço o que não se pode ser ouvido. O silêncio. Corujas, vez ou outra. E meus pensamentos. Pensamentos estes que nunca me deixam, nem por um instante sequer. Não sei se quero dormir. Quero o amanhã. Logo. Mas não quero sonhar. Meus sonhos sempre põe em cheque o que sinto ao estar acordada. Sempre trazem a tona personagens que eu já tirei do elenco, com roteiros que eu não escrevi. Será que um doce vai me ajudar a dormir sem sonhar? Ou devo contar carneirinhos?
Bem, não custa tentar.

pony cor-de-rosa.

Across the Universe


Palavras flutuam como uma chuva sem fim dentro de um copo de papel.
Elas se mexem selvagemente enquanto deslizam pelo Universo.
Um monte de mágoas, um punhado de alegrias estão passando pela minha mente.
Me possuindo e me acariciando.

Nada vai mudar meu mundo.

Imagens de luzes quebradas que dançam na minha frente como milhões de olhos.
Eles me chamam para ir ao Universo.
Pensamentos se movem como um vento incansável dentro de uma caixa de correio.
Eles tropeçam cegamente enquanto fazem seu caminho pelo Universo.

Nada vai mudar meu mundo.

fã de vocês, eternamente,

pony cor-de-rosa.